Orientação - Adaptação
STRESS ACULTURATIVO
O intercambista não escapará desta situação, pois no espaço de apenas 1 ou 2 dias ele terá:
- Um novo “pai” e/ou uma nova “mãe”.
- Toda uma família que nunca viu.
- Uma escola com organização curricular, horários, sistemas e professores completamente diferentes.
- Terá que se expressar em um idioma que ainda não domina e não entende bem, que poderá criar barreiras significantes à sua comunicação.
- Some a isto tudo, a saudade de seus pais, amigos e parentes e a ausência completa dos padrões culturais a que você está acostumado.
Para superar estas dificuldades é necessário, principalmente, que você assuma uma atitude positiva com respeito a sua nova vida.
Acreditamos que você passará por três fases consecutivas:
1ª FASE: Euforia
Em virtude da novidade da situação você gostará de diferentes acontecimentos. Tudo será novidade.
Também haverá certo senso de liberdade social. Durante este período pouco se esperará de você nesta nova sociedade.
No entanto, você não poderá viver como um convidado por muito tempo, o que acabaria se tornando desagradável tanto para você como para sua família. O normal será a rotina se estabelecer rapidamente.
A seguir, então, virá a fase de entrosamento, ou seja, o processo de se ajustar aos novos hábitos, costumes, tradições e idioma. Você deixará de ser um espectador para começar a participar ativamente de uma nova cultura.
2ª FASE: Entrosamento
Com o restabelecimento da rotina, automaticamente o estudante sentirá a necessidade do ajuste básico para sua nova vida, tais como: a comunicação, usar roupas próprias para o clima, acostumar-se a diferentes horários de refeições, etc. Empregar os mesmos costumes e normas da família anfitriã e da comunidade não lhe exigirá muito esforço e você fará com prazer, pois perceberá que isto o tornará chegado às pessoas, o que lhe trará satisfação. Compreenderá também que falar a língua do país será fundamental para o sucesso de sua nova experiência.
3a FASE: Rotina
Nesta fase você poderá sentir uma espécie de ansiedade. De repente sentirá falta da sua identidade cultural, não poderá mais depender do conhecimento de sua própria cultura para saber como agir numa determinada situação. Esta ansiedade poderá gerar alguns sintomas negativos, como:
- Tendência a rejeitar o novo ambiente e criticar o país.
- Enquanto existir a tendência de criticar o novo país, seus costumes, etc., você lembrará da sua vida no Brasil como sendo exageradamente boa. Aliás, você só lembrará das coisas boas. Toda lembrança de problemas e dificuldades desaparecerão por completo.
MANEIRAS DE SUPERAR O STRESS ACULTURATIVO
Quase todos os estudantes passam por este pequeno período de desajuste, uns com maior e outros com menor intensidade. O importante é o tempo que levam para superar a situação, colocar tudo no seu devido lugar e contar com a vida de cada dia.
Esperamos que cada estudante esteja perfeitamente amadurecido para resolver conscientemente esses problemas de adaptação. Gostaríamos de dar algumas sugestões que talvez possam ajudá-lo nesta situação:
- Antes de tudo tente ajudar-se.
- Mantenha-se ocupado.
- Faça um esforço para falar a língua.
- Tente evitar comparações e críticas aos costumes do país porque raramente serão apreciadas vindo de um estrangeiro. Não comece suas frases, como por exemplo: “no meu país”, “nós sempre”.
- Veja sempre natural, sorria e mantenha sempre sua boa educação.
- Procure fazer amizade com sua família, colegas, vizinhos, etc. e usufrua da companhia deles. Lembrese que você não está num hotel.
- Converse sempre que possível com seu conselheiro da escola e dê tempo ao tempo, pois o processo de adaptação requer muita calma, compreensão e paciência.
ATITUTES NEGATIVAS
Telefonar constantemente e/ou ficar muito tempo no computador “conversando” com sua família natural e amigos no Brasil, pois prejudicará o processo de adaptação.
Trancar-se no quarto isolando-se das pessoas que o cercam.
Fantasiar doenças como: dores de cabeça, estômago, mal estar generalizado, etc.
Achar defeitos em sua nova vida, criando uma situação psicológica de rejeição à nova cultura.
Não participar das atividades da sua “host family”.